O plano estratégico secreto da eiON se iniciou com o desenvolvimento de um veículo divertido (mesmo sem um preço inicial tão acessível) e se concretizará com a viabilização de veículos Acessíveis (A), Adaptativos (AA) e Autônomos (AAA), proporcionando uma Alternativa (A) para uma Autossuficiência (AA) energética democrática, por meio da Autoprodução (AAA) de energia elétrica a partir da energia solar.
Aqui na eiON temos um alinhamento muito claro quanto ao futuro e vislumbramos a longo prazo um interesse crescente por veículos puramente elétricos que sejam:
ADAPTATIVOS, que possam se utilizar de estruturas preexistentes (especialmente chassi e carroceria) durante a transição para novos padrões tecnológicos que estão por vir ou para conversão para novos conceitos e fontes de energia, porque acreditamos que a mobilidade humana exigirá a otimização dos veículos até então já produzidos;
ALTERNATIVOS, fabricados com base em processos produtivos dominados por prestadores de serviços convencionais (corte, dobra e solda de aço e laminação de fibra de vidro), que possam ser uma alternativa razoável para países periféricos, menos industrializados;
ACESSÍVEIS, porque os veículos do futuro poderão se utilizar de estruturas de produção com investimento já amortizado e de tecnologias de conhecimento público e dominado, que já atingiram o estado da arte (motor elétrico trifásico de indução, sistema diferencial etc.);
AUTOPRODUTORES de energia elétrica a partir da tecnologia de conversar solar fotovoltaica, que proporciona a democratização do acesso a um recurso energético que está disponível, em maior ou menor intensidade, em absolutamente todas as partes do globo terrestre; afinal, o sábio já nos ensinou que o sol nasce para todos;
AUTOSSUFICIENTES, equipados e integrados com soluções de captura de energia, conversão e armazenamento, com possibilidade de portabilidade energética e desfrute livre, sem a dependência de outros sistemas mais complexos;
AUTÔNOMOS, porque esta forma de mobilidade tende a ser mais segura, livre de falhas humanas, liberando as pessoas para outras atividades de maior apelo e/ou valor, sem necessidade de alocação de tempo exclusivo em atividades operacionais como dirigir por exemplo, e, principalmente, eliminando-se a necessidade da propriedade individual sobre o veículo (cuja propriedade restará aplicável somente em caso de eventual necessidade de status social), restando o veículo disponível publicamente para uso apenas como um instrumento para a realização de transporte e capacidade de mobilidade.
Como você sabe, o produto inicial da eiON é um veículo elétrico divertido, simples e que logo será apresentado ao mercado em um novo modelo, com um powertrain de alta potência e alta capacidade de armazenamento de energia (autonomia), denominado Buggy Power.
No entanto, alguns leitores podem não estar cientes do fato de que nosso plano estratégico de longo prazo é construir uma plataforma tecnológica conceitual que possibilite a oferta de uma ampla gama de modelos de veículos elétricos, inclusive com o reaproveitamento de modelos, de forma Adaptativa (A), o que exigirá apenas a utilização de serviços comumente e facilmente encontrados, como trabalhos em aço e fibra de vidro, com preços Acessíveis (A) e uso compartilhado, com a utilização da tecnologia de condução totalmente Autônoma (A), assim que considerada totalmente segura e em estágio de maturidade tecnológica (TRL) avançado.
Tudo isso porque o propósito geral da eiON é ajudar a acelerar a mudança de uma economia de hidrocarbonetos, que fomenta um comportamento consumista, extrativista e sem um ciclo renovável, para uma economia solar circular, com o fomento de comportamentos que tenham por base a solidariedade e o compartilhamento, que acreditamos ser a solução principal, mas não exclusiva, para a questão da sustentabilidade da raça humana no Planeta Terra, um paraíso que demorou mais de 4 bilhões de anos para se formar, sendo que, em uma abordagem pé no chão, não se vislumbra viabilidade em qualquer Planeta B.
Nossa estratégia tem por base a ciência de que a tecnologia é um componente basilar para o ressurgimento dos veículos elétricos na atualidade, mas também deve haver um pouco de arte para o seu sucesso.
Existem autores que defendem que a maioria dos veículos elétricos anteriores foi projetada por e para pessoas que fundamentalmente não encontravam diversão no ato de dirigir um veículo. Eram pessoas idealistas, que achavam que era melhor caminhar, ir de bicicleta ou usar o transporte público (e isso é bom e correto!). Mas tendo por base este princípio, alguns projetos anteriores de veículos elétricos entendiam os próprios carros como “um mal necessário” e não como um instrumento amigável de mobilidade ou mesmo de atividade prazerosa, entre outras finalidades, e, exatamente aí eles erraram. A mentalidade de que o veículo era um mal necessário levou a fabricação de diversos "veículos elétricos de castigo", pouco atraentes em nossa opinião.
Além disso, exigências para a obtenção de incentivos governamentais que beneficiam a fabricação de veículos mais sustentáveis, entre elas a de que sejam menos poluentes e muito mais baratos, entre outras, inevitavelmente forçam as montadoras a fazerem veículos com um desempenho geral menor do que o desejável, e, principalmente, com apelo estético limitado, sem arte.
Entendendo este contexto e conhecendo a paixão que grande parte das pessoas tem por veículos, nos preocupamos em proporcionar diversão com alto torque dos motores elétricos, e, principalmente, com uma estética equilibrada, nem tão chique nem tão minimalista, em uma combinação de tecnologia e arte.
Fundamental para que o plano estratégico de longo prazo da eiON seja implementado é viabilizar, no curto prazo, um veículo elétrico livre de amarras, simples, uma Inovação Frugal (no conceito acadêmico) fundamentada em materiais retrabalháveis e reaproveitáveis (aço e fibra de vidro), cujo processo de manufatura esteja acessível inclusive em países menos industrializados, mas que seja um veículo robusto, que possa ir a qualquer lugar pelo asfalto ou fora de estrada, com vida longa, bem como que seja divertido, eficiente e com dirigibilidade que emocione, e que, aliado a tudo isso, possa ter versões com grande capacidade de armazenamento de energia.
Mesmo com esta contextualização, alguns poderiam questionar se isso realmente faz algum bem para o Planeta Terra. Poderiam questionar, em uma visão de curtíssimo prazo, se estamos realmente precisando de outro veículo de alto torque? Será que um veículo divertido fará diferença nas emissões globais de carbono? Bem, como já nos ensinou o fundador de outra importante iniciativa, as respostas são não e não muito. E, principalmente, este debate perde o foco, a menos que você entenda o plano estratégico secreto da eiON (que te confidenciamos aqui na confiança de ficar apenas entre você e eu).
Como em toda empresa de tecnologia em rápido crescimento, todo o fluxo de caixa livre é e continuará a ser revertido para reduzir os custos de produção e para que consigamos colocar novos produtos subsequentes no mercado o mais rápido possível. Quando alguém compra o nosso modelo de negócio “fora da casinha” da Franquia da Mobilidade Sustentável, juntamente com o direito de utilização de nosso veículo elétrico divertido, na verdade está ajudando a custear o desenvolvimento do veículo Adaptativo, Acessível e Autônomo (AAA) que ainda lançaremos no futuro, mas que já tem nome e projeto conceitual, mas que eu ainda não posso revelar para você (por ora, não vemos problema em eventualmente ficarmos carimbados apenas como "mais um fabricante de buggy").
Importante registrar o que todos sabem, porque é fato que toda nova tecnologia, quando em sua fase inicial de desenvolvimento, acarreta produtos com alto custo unitário, até que possa ser alcançado um produto e uma linha de produção otimizados, e, isso não é menos verdade para veículos elétricos. A estratégia da eiON é entrar no topo do seu nicho inicial de mercado (de bugues, que tradicionalmente são de produção artesanal), mas com veículos de alto torque instantâneo e com capacidade de trânsito fora de estrada, para clientes que estejam preparados para pagar um prêmio para uma mera e efêmera diversão sobre rodas em passeios turísticos sustentáveis, e, em seguida, observando estritamente a nossa estratégia, ampliar a nossa fatia de mercado, o mais rápido possível, com outros produtos e serviços, com alto volume de unidades produzidas e preços mais baixos, mas principalmente com a maior capacidade de armazenamento de energia possível, mantendo a propriedade sobre os veículos elétricos e sobre as respectivas baterias, por meio da estruturação da Franquia da Mobilidade Sustentável (falarei mais sobre a nossa “franquia fora da caixa” nas próximas postagens).
Agora que já falamos um pouco do que queremos, vamos brevemente registrar o que não queremos, para que você não se confunda (ou talvez para que “cole as placas” de uma vez rsrsrs). Não queremos apenas ser mais uma montadora que fique atolada em um mar vermelho, numa corrida atrás de incentivos porque o seu core business não se sustenta. Nossa missão é proporcionar uma experiência de mobilidade ecologicamente sustentável para incentivar o lazer e o turismo. Nosso foco é a diversão do cliente e a viabilização, nem que seja por alguns instantes, da incessante busca pela felicidade. Queremos que nosso cliente se lembre daquele passeio de buggy elétrico e pense que ele poderia ter durado um pouco mais, bem como que ele possa ser repetido em algum momento. Não somos uma montadora de carros, somos uma fábrica de felicidade! Isso mesmo, somos uma montadora de carros que não vende seus carros, mas apenas os disponibilizam para compartilhamento. Sem entender o plano estratégico secreto da eiON, parece coisa de maluco! E talvez até possa ser, porque para empreender você tem que ser um pouco louco ;-)
E, como dizia John Lennon, “você pode dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único e espero que um dia você se junte a nós, transformando o mundo em um só”. Imagine todas as pessoas compartilhando todo o mundo!
Ainda não estou convencido de que deixei claro e explícito aqui a grande sacada do plano estratégico da eiON, que, conforme combinado já no início deste texto, você não pode contar para ninguém. Assim, nas próximas postagens eu te contarei nossa estratégia em torno das baterias, mas fica só entre você e eu, ok?
MFSJ
P.S.: Para você que já está acompanhando nossa jornada até aqui isso não é novidade, mas também compartilhamos um resumo de nossa caminhada para quem está chegando aqui pela primeira vez. Então, somos um grupo de idealistas fluentes em engenharia e estruturação de negócios complexos que iniciou uma jornada em 2017, com o objetivo de viabilizar uma solução sustentável de mobilidade acessível contribuindo no combate à poluição e na mitigação das mudanças climáticas (não queremos ficar parados, queremos tentar contribuir na medida das nossas possibilidades). Sabemos que nossa iniciativa impacta diretamente toda a cadeia das indústrias automotiva e energética (sim, é desafiador e coisa de maluco). Com este pensamento, finalizamos nosso primeiro protótipo de carro puramente elétrico viabilizado com tecnologia brasileira em 2018 (TRL-4), seguido do desenvolvimento de uma dezena de protótipos para o amadurecimento da solução (TRL-6) concluída ao final de 2022. No momento da presente publicação estamos com um Lote Cabeça de Série de quatro carros puramente elétricos pronto e em fase de ensaios em ambiente relevante em situação real de utilização pelos clientes-alvo (TRL-7). No total, já fabricamos quase duas dezenas de carros elétricos viabilizados com tecnologia brasileira, bem como estamos em plena fase de desenvolvimento de outros modelos de carros puramente elétricos e de produtos e serviços correlatos. No ritmo mais rápido, dentro de nossas possibilidades, chegaremos lá, pois como dizia o filósofo, o tempo e eu enfrentamos quaisquer outros dois.
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