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O Buggy Power roda mais de 50x mais quilômetros que um buggy a etanol

Updated: Nov 4, 2022

Um buggy elétrico roda muito mais quilômetros com um hectare destinado a placas solares fotovoltaicas do que um buggy a etanol com uma mesma área de plantação de cana-de-açúcar ou milho. Leia e surpreenda-se com os números.


Você quer saber quantos quilômetros um buggy a etanol roda com a produção de 1 (um) hectare de cana-de-açúcar? Veja o cálculo explicado abaixo.



Um hectare de cana-de-açúcar alimentando um buggy a etanol


De início, é importante registrar que a fonte primária de energia de um buggy alimentado a etanol é o sol. A cana-de-açúcar capta energia do sol por meio do processo de fotossíntese, e, por meio de um processo industrial, a cana-de-açúcar é convertida em etanol.


A produção média de cana-de-açúcar no Brasil é de aproximadamente 85 t.ano/ha (oitenta e cinco toneladas ao ano por hectare).


O processo industrial converte cana-de-açúcar em etanol com uma média de 90 l/t (noventa litros por tonelada).


Então, produz-se etanol a partir de cana-de-açúcar no Brasil em uma média de 7.650 l.ano/ha (sete mil, seiscentos e cinquenta litros ao ano por hectare).


Considerando-se que cada buggy alimentado a etanol consome, em média, 10 km/l (dez quilômetros por litro), tem-se uma produção de 76.500 km.ano/ha (setenta e seis mil e quinhentos quilômetros ao ano por hectare) de plantação de cana-de-açúcar.


Levando-se em conta os 365 dias/ano, tem-se uma produção em torno de 209 km.dia/ha (duzentos e nove quilômetros ao dia por hectare) de plantação de cana-de-açúcar produzindo etanol para alimentação de bugues movidos com este combustível.


Assumindo-se que cada buggy movido a etanol rode 70 km/dia (setenta quilômetros por dia), em média, a destinação de 1 ha (um hectare) para plantação de cana-de-açúcar para produção de etanol alimenta apenas 3 (três) bugues por ano.


Você quer saber quantos quilômetros um buggy a etanol roda com a produção de 1 (um) hectare de milho? Veja o cálculo explicado abaixo.



Um hectare de milho alimentando um buggy a etanol


Da mesma forma que na cana-de-açúcar, a fonte primária de energia de uma plantação de milho é o sol. O milho capta energia do sol por meio do processo de fotossíntese, e, por meio de um processo industrial, uma plantação de milho pode ser convertida em etanol.


A produção média de milho no Brasil gira em torno de 7 t.ano/ha (sete toneladas ao ano por hectare).


Um processo industrial converte o milho em etanol com uma média de 460 l/t (quatrocentos e sessenta litros por tonelada).


Então, produz-se etanol a partir de milho no Brasil em uma média de 3.220 l.ano/ha (três mil, duzentos e vinte litros ao ano por hectare).


Considerando-se que cada buggy alimentado a etanol consome, em média, 10 km/l (dez quilômetros por litro), tem-se uma produção de 32.200 km.ano/ha (trinta e dois mil e duzentos quilômetros ao ano por hectare) de plantação de milho.


Levando-se em conta os 365 dias/ano, tem-se uma produção em torno de 88 km.dia/ha (oitenta e oito quilômetros ao dia por hectare) de bugues alimentados com etanol de milho.


Assumindo-se que cada buggy movido a etanol rode 70 km/dia (setenta quilômetros por dia), em média, a destinação de 1 ha (um hectare) para plantação de milho para produção de etanol alimenta apenas 1,3 (um vírgula três) bugues por ano.



E agora? Você quer saber quantos quilômetros um buggy puramente elétrico roda com a produção de eletricidade por placas solares fotovoltaicas instaladas em um hectare? Veja o cálculo explicado abaixo.



Um hectare de placas solares fotovoltaicas alimentando um buggy puramente elétrico


Registre-se que a fonte primária de energia do Buggy Power (um buggy 100% elétrico desenvolvido com tecnologia brasileira) é o sol. Um sistema fotovoltaico capta energia do sol e a converte em eletricidade por meio de um processo eletroquímico.


Para fins de comparação, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), considera-se a produção fotovoltaica média na cidade de Curitiba, estado do Paraná, região Sul do Brasil, que é de 4,61 kWh.dia/m² (quatro vírgula seis quilowatt-hora ao dia por metro quadrado).


Considerando-se que o processo eletroquímico de conversão fotovoltaica tem uma eficiência média de 20% (vinte por cento) e que 1 ha (um hectare) equivale a 10.000 m² (dez mil metros quadrados), sendo que apenas 30% da área pode abrigar placas fotovoltaicas e 70% da área deve ser deixada para circulação entre as placas e para evitar sombreamento, bem como para Reserva Legal e outros usos, produz-se eletricidade, em Curitiba, em uma média de 2.760 kWh.dia/ha (dois mil, setecentos e sessenta quilowatt-hora ao dia por hectare).


Levando-se em conta que cada Buggy Power (o buggy 100% elétrico brasileiro) roda, em média, 5 km/kWh (cinco quilômetros por quilowatt-hora), tem-se em Curitiba uma produção de 13.800 km.dia/ha (treze mil e oitocentos quilômetros ao dia por hectare) com placas solares fotovoltaicas.


Assumindo-se que cada Buggy Power (puramente elétrico) rode 70 km/dia (setenta quilômetros por dia), em média, a destinação de 1 ha (um hectare) para produção solar fotovoltaica de eletricidade em Curitiba alimenta mais de 197 (cento e noventa e sete) bugues por ano.



Um hectare alimenta muito mais quilômetros em bugues elétricos do que em bugues a etanol


Em resumo, um buggy a etanol roda em torno de 209 km.dia/ha (duzentos e nove quilômetros ao dia por hectare) de plantação de cana-de-açúcar, enquanto o Buggy Power (o buggy elétrico brasileiro) roda em torno de 13.800 km.dia/ha (treze mil e oitocentos quilômetros ao dia por hectare) com a produção de eletricidade por meio de placas fotovoltaicas instaladas em Curitiba.



Um hectare alimenta mais de 50x (cinquenta vezes) a quilometragem de bugues elétricos do que bugues a etanol.


Esta é apenas uma comparação realizada a título de curiosidade e não engloba uma comparação financeira, bem como uma comparação da pegada de carbono de cada uma das tecnologias comparadas. Não foi levado em conta o preço das placas fotovoltaicas e nem o custo do plantio, colheita, industrialização e transporte da cana-de-açúcar ou do milho. Tampouco se considerou a vida útil das placas fotovoltaicas.


Também não foi considerada na comparação que, para a produção de cana-de-açúcar ou milho é necessário um tipo adequado de solo, enquanto a produção de eletricidade por meio de placas solares fotovoltaicas pode ser realizada em qualquer lugar, inclusive nos telhados das casas em Curitiba, que são áreas sem qualquer outra possibilidade de utilização mais nobre.


Por fim, como já somos mais de 8 bilhões de seres humanos no Planeta Terra, acredita-se que deve ser aprofundado o debate sobre a destinação mais eficiente das áreas produtivas que a humanidade tem a sua disposição (e que são escassas), bem como que concorrem inclusive com a produção de comida para alimentação de seres vivos, ao invés de ser destinada para alimentar máquinas.



Bom, se você chegou até aqui, conseguirá responder a seguinte pergunta:


Um hectare com placas solares pode alimentar a quilometragem de bugues elétricos quantas vezes mais do que a mesma área com a plantação de cana-de-açúcar para bugues a etanol?


a) 2 vezes mais quilômetros;

b) 8 vezes mais quilômetros;

c) 16 vezes mais quilômetros;

d) 32 vezes mais quilômetros;

e) mais de 64 vezes mais quilômetros.


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